SLIDE
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
'Espetáculo' de águas no semiárido do RN desaparece com seca histórica
O sertanejo que mora no Seridó potiguar nunca sofreu tanto com a falta de chuvas. “Minha mãe dizia que nós tínhamos um mar de água doce
na porta de casa, e que jamais nos preocuparíamos com a seca. Agora, só
nos resta rezar”, lamenta o agricultor Fabiano Santos. Como ele, mais
de 11 mil pessoas que vivem em Acari
e 44 mil em Currais Novos dependem do açude Gargalheiras, que está com
5,6% da capacidade. As prefeituras dizem que a situação é desesperadora.
O Seridó é uma das regiões mais afetadas pela seca no Nordeste, e fica
no semiárido do Rio Grande do Norte, conhecido pela pouca folhagem e sombra da vegetação. Para a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), a
única solução é racionar. Nas duas cidades, a empresa impôs rodízios
para não ter que suspender o abastecimento. Já o escritório local do
Departamento de Obras Contra a Seca (Dnocs) diz que não há obras em
andamento e a única coisa a fazer agora é torcer para que as chuvas
venham logo. Na região, não há boas precipitações desde o início do ano.
O Dnocs é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Integração
Nacional e tem como papel principal executar políticas para o
beneficiamento de áreas e obras de proteção contra as secas e
inundações.
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